SEMI FINAL SPEAK OUT

O Speak Out Challenge  é um concurso patrocinado pela Fundação Jack Petchey, em associação com a Falatório, Training School, destinado a promover e premiar os dotes de oralidade e discurso em público dos mais jovens.

Falar bem em público é uma arte que carece de capacidade e treino, mas que é uma mais valia, seja qual for a nossa futura profissão.

Os candidatos a oradores falaram sobre o racismo, as diferenças sociais, a fome e a sede no mundo, as vítimas de maus tratos, a relação dos jovens com os pais, entre outros temas.

O Nelson 9ºC, vai representar a nossa escola na grande final em Albufeira, no dia 8 de Abril, no auditório Municipal de Albufeira.

Parabéns!!!

NICOLAS CAZES, IVANIA FERNANDES, NELSON FONSECA
SEMI FINALISTAS

O Tema que o Nelson escolheu foi o Racismo.

Racista, eu? Claro que não, só não gosto muito de misturas! E, pensando bem, também não iria gostar de ver um filho meu casado com um negro!

Assustaram-se com esta ideia? Calma, pois eu não penso assim! Mas sei que existem muitas pessoas que afirmam não serem racistas e que pensam desta forma, por isso resolvi falar-vos sobre o racismo, que é um tema controverso.

Infelizmente, o racismo é uma realidade que se passa ao nosso redor e é ignorada pela maioria de nós, muitas vezes porque temos falta de informação, ou porque temos falta de interesse no assunto.

O racismo é uma atitude preconceituosa e discriminatória contra indivíduos de certas raças ou etnias, em que se considera a existência de raças humanas superiores umas às outras, e que a distinção faz-se pela cor da pele.

Um dos locais onde assistimos a cenas de racismo é na escola, principalmente entre os alunos dos primeiro e segundo ciclos, pois as crianças mais novas ainda não têm as opiniões totalmente formadas e revelam tendência para repetir situações que observam entre os adultos ou reproduzir opiniões que captam dos pais.

Entre os adultos, por exemplo, apesar de caminharmos para um mundo cada vez mais global, ainda é comum assistirmos a pequenas cenas de racismo no quotidiano, por vezes através de simples olhares de desprezo.

Se recuarmos um pouco no tempo, podemos ver que ainda em 1939, existiam bebedouros para negros e bebedouros para brancos nos Estados Unidos da América, e ainda hoje, apesar da Declaração Universal dos Direitos do Homem ter sido assinada há 62 anos atrás, continuam a existir nesse país grupos de supremacia negra, que acreditam que os negros são superiores aos outros seres humanos, chegando ao ponto de haver lutas e desacatos.

A pergunta que eu faço então aos presentes é: Será que a raça humana se resume a desigualdades e racismo ou somos mais do que isso?

Na realidade e na minha opinião, o que muda é simplesmente a cor da pele, pois por dentro todos somos iguais, todos respiramos, todos temos sede de água e fome de pão. As nossas lágrimas são cristalinas e o nosso sangue cor de rubi.

Afinal, SOMOS OU NÃO SOMOS TODOS IGUAIS? Até hoje, aproveitamos muito da luta de Martin Luther King que lhe valeu a vida, mas podemos continuar o seu trabalho e não deixar cair o seu lema: “I have a dream”. Vale a pena pensar nisto…